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O PARAMOTOR NASCEU DO PARAPENTE O desenvolvimento espectacular do voo em Paramotor, deve-se entre outros factores, às melhorias nos motores actualmente mais potentes e mais silenciosos, ao incremento do desenho de asas, melhores rendimentos e valias, desenvolvimento de parapentes especificos para o voo com motor e ainda ao desenvolvimento dos própios pilotos de Paramotor, muitos tiveram uma formação prévia em parapente . Com a democratização do voo através do Paramotor e devido ao seu baixo preço comparativo a outras modalidades aeronauticas, vivemos hoje uma espécie de " novo nascimento da aviação", é pois uma forma de evasão, de ócio para puro prazer dos sentidos e emoções. Mas as competições são sempre um meio de catapultar o voo ao seu expoente mais elevado. A França desde muito cedo se tinha revelado a potência do voo em Parapente motorizado... mas nos jogos mundias do ar na Turquia em 1997 a Espanha revela-se ainda mais forte com nomes como Ramon Morillas, Nino Muelas, Dani Martinez, que não mais deixaram o domínio Internacional, quer vencendo medalhas, quer abrindo caminhos pioneiros, como a realização de raides através de distancias enormes, ou batendo records de distância e altitude. Em 2004 realizou-se o Campeonato da Europa de aviação ultraligeira em Portugal (Castelo Branco) foi a 1ª experiência competitiva Internacional da seleccção Lusa. A autonomia destas aeronaves aumentou muito, voos de 4 ou 5 horas transpondo enormes distâncias são vulgares para os pilotos mais experientes... o Paramotor pode mesmo voar a motor parado em correntes ascendentes e assim poupar combustível... alongando o seu raio de acção. As competições em Paramotor são muito variadas,o que exige dos pilotos profunda experiência e capacidades várias no voo:
Em Portugal o Paramotor desenvolveu-se inicialmente no norte com o "Clube Nacional de Paramotor" com formação de muitos pilotos e organização de encontros anuais na praia da Torreira. A sul com a "Escola de Voo de Santiago do Cacém" organizam-se Raides pelo interior, formam-se pilotos. A organização da 1ª prova de navegação pura, foi em Julho de 2003 em Messejana. Em 2004/2005, o clube AVLS (Sintra) surge também apostando forte na organização de eventos e formação de pilotos. O orgão criado no seio da FPA e que desenvolve todo o trabalho de remodelação, enquadramento e relançamento do Paramotor, a CPP (Comissão Portuguesa de Paramotor) tudo tem feito para que o Paramotor seja devidamente considerado de acordo com aquilo que realmente é, uma modalidade que se situa entre o voo livre puro e os micro-ultraligeiros, com caracteristicas muito própias, é por isso que se torna necessário uma regulamentação especifica para o Paramotor. Com a adesão desta modalidade à FPA (Federação Portuguesa de Aeronautica) e a elaboração de regulamentos especificos para o paramotor tais como o "Regulamento de Paramotor" e o "Regulamento de Instrução e Qualificações", espera-se que todo este trabalho venha ordenar e dar futuro a uma modalidade que pode trazer muito ao desporto aeronautico português.
José Boieiro (Instrutor de Parapente e Paramotor) Escola de Voo de Santiago do Cacém Dez 2005 |
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